terça-feira, 9 de agosto de 2011

Evandro Prado Martins nasceu na Cidade de Santa Cruz do Sul, interior do Rio Grande do Sul, no dia 11 de agosto de 1970. Começou ainda criança a demonstrar uma grande vocação para a música, quando, aos 8 anos, teve pela primeira vez um violão a sua frente.

Dois anos depois, entrou em um curso de violão oferecido pelo colégio São Luís, onde estudava. Vieram então os festivais de música, e aos 11 anos, ganhou o primeiro lugar como intérprete, cantando “Milonga”, do compositor nativista Pedro Ortaça. Isso o motivou cada vez mais a continuar estudando, até que, aos 14 anos, montou uma banda de rock com mais três colegas. Era a Banda Viúva Negra. Evandro era o vocalista e guitarrista-solo. Com a sua banda de rock, fizeram muitos shows pelo interior do Estado. Por dois anos consecutivos, ganhou o primeiro lugar no Festival Sul Encanto, promovido pela RBS TV (Afiliada Rede Globo ).

Após 5 anos com a banda, partiu para uma carreira solo. Estudou piano, teclado e canto lírico, além do violão e guitarra que já eram seus instrumentos principais. Como intérprete e compositor, aprimorou o seu repertório cantando em 5 idiomas os maiores clássicos da música mundial, interpretando canções que ficaram famosas nas vozes dos Tenores Plácido Domingo, Luciano Pavarotti, José Carreras, Andrea Bocelli, até sucessos populares de Elvis Presley, The Beatles, U2, Bee Gees, Frank Sinatra, entre outros.

Apresentando-se em Eventos importantes por todo o Estado do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, o Tenor e Multinstrumentista Evandro Martins participou também de Concertos de Natal, como o Natal Luz de Gramado, Sonho de Natal de Canela, e Christkindfest de Santa Cruz do Sul.

Seu novo trabalho, o CD Sintonia, incluindo as canções “Náufragos da noite”, “Tão pequeno”, “Sintonia” e “Perdidos por aí”. Foram gravadas recentemente em São Paulo, nos estúdios de Nei Marques, tendo como base instrumental músicos da banda do cantor sertanejo Leonardo. Os arranjos e produção de Elias Almeida, guitarrista e violonista da banda que grava também para Zezé di Camargo e Luciano, Daniel, Vanessa Camargo, Fábio Júnior, entre outros artistas consagrados. As demais canções foram gravadas em Porto Alegre e Gramado, com instrumentação do próprio Evandro. As músicas compõe-se de temas nativos, críticos, românticos e de amor à vida.
Humberto Augusto Miranda Espíndola (Campo Grande, 4 de abril de 1943) é um artista plástico brasileiro, criador e difusor do tema bovinocultura.
Bacharel em jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica do Paraná, Curitiba, em 1965, começa a pintar um ano antes. Também atua no meio teatral e literário universitário
Espíndola apresenta o tema Bovinocultura em 1967, no IV Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em Brasília. No mesmo ano é co-fundador da Associação Mato-Grossense de Arte, em Campo Grande, onde atua até 1972. Em 1973 participa do projeto e criação do Museu de Arte e Cultura Popular (que dirige até 1982) e colabora com o Museu Rondon, ambos da Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá. Em 1974 cria o mural externo, em pintura, granito e mármore, no Palácio Paiaguás, sede do governo estadual de Mato Grosso, e em 1983 é co-fundador do Centro de Cultura Referencial de Mato Grosso do Sul. Em 1979 colabora com o livro Artes Plásticas no Centro-Oeste, de Aline Figueiredo, que em 1980 ganha o Prêmio Gonzaga Duque, da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Em 1986 é nomeado primeiro secretário de cultura de Mato Grosso do Sul, permanecendo no cargo até 1990. Em 1996 cria o monumento à Cabeça de Boi, em ferro e aço, com 8 m de altura, na Praça Cuiabá, Campo Grande.
Humberto Espíndola realizou várias exposições, no Brasil e em outros países. Ganha vários prêmios, incluindo o prêmio de melhor do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte. Possui obras em museus como o Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo e a Pinacoteca do Estado de São Paulo.
                                                                                                                                           
Prêmios

 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011


Helena Meirelles (Bataguassu13 de agosto de 1924 — Presidente Epitacio, 28 de setembro de 2005) foi uma violeiracantora e compositorabrasileira, reconhecida mundialmente por seu talento como tocadora da denominada viola caipira (às vezes denominada simplesmente viola).
Sua música é reconhecida pelas pessoas nativas do Mato Grosso do Sul, como expressão das raízes e da cultura da região. Sua primeira apresentação profissional em um teatro foi quando tinha 67 anos, e gravou dois discos em seguida. Em 1993, foi eleita pela pela revista americanaGuitar Player (com voto de Eric Clapton), como uma das 100 melhores instrumentistas do mundo, por sua atuação nas violas de seis, oito, dez e doze cordas.
Quem escrever na busca do Overmundo o nome Paulo Simões vai encontrar dezenas de posts relacionados ao compositor de Mato Grosso do Sul. Em abril de 2006, uma entrevista com este carioca por acaso e sul-mato-grossense por opção foi postada pela jornalista Gisele Colombo. Mesmo assim, decidi postar a recente entrevista que fiz com “Paulinho” aqui no Overblog por acreditar que ele fala de coisas que podem gerar uma reflexão não só no leitor de MS, mas de todo o país.

Encontrei o Simões em seu apartamento, em uma bela manhã campo-grandense. Praticamente não falamos nos projetos que ele está tocando no momento. A idéia foi contar os primórdios da cultura de MS, explicar algumas histórias e refletir sobre o momento cultural do Estado.

Paulo Simões é autor de muitos hits sul-mato-grossenses. Um deles, Trem do Pantanal, já virou hino não oficial do MS. Outros, como Sonhos Guaranis, são verdadeiras aulas de História. Jornalista formado – na Puc/RJ – chega aos 55 anos com apenas quatro discos lançados, mas a sua obra é extensa. 



TIÓ E A ÁRVORE - VIDA E OBRA DE ZACARIAS MOURÃO

‘Foi no belo Mato Grosso, há 20 anos atrás.
Naquele tempo querido que não volta nunca mais.
Nas matas onde eu caçava, um pequeno arbusto achei.
Levando para minha casa, no meu quintal o plantei.
Era belo o pé de cedro, pequenino, em formação’.**

Pé de Cedro foi a música que consagrou o produtor e compositor de Coxim (MS) Zacarias dos Santos Mourão, morto em 1989, em circunstâncias até hoje misteriosas. Na canção, uma história que envolve amor e saudade, o compositor traça um paralelo entre o pé de cedro e a amada. Até hoje, a árvore que o inspirou, está plantada do Museu Municipal de Coxim.

Em 1945, moravam no local (museu) os padres franciscanos, para os quais Mourão trabalhava – ele levava os cavalos dos padres para beber água. Certa vez, ele voltou com os cavalos e o pé de cedro, que hoje tem aproximadamente 67 anos. É em homenagem a esse compositor do mundo sertanejo, o documentário Tió e a Árvore - vida e obra de Zacarias Mourão, produzido pelos jornalistas Conrado Coel, Ângela Kempfer, o produtor Rodolfo Ikeda e o cinegrafista Lyo Nakamura. O nome é uma referência à forma como os amigos o apelidaram na infância, com o nome de um pássaro típico da região.

Através de intérpretes de sua música, como Sérgio Reis, Milionário e Zé Rico, Tinoco e Amambai e Amambaí, o filme desenha o processo musical que esteve presente na vida de Mourão até sua morte.
Conforme o diretor Conrado Coel, o objeto do vídeo é mostrar a herança cultural deixada pelo compositor. “Através dos artistas que tiveram contato com ele, o vídeo mostra a realidade da cidade que recebeu sua herança cultural”, conta. “Uma cultura formada em pleno sertão do então Mato Grosso que conseguiu transcender sua própria expectativa de vida”, conta.

Mourão teve programas no rádio e na televisão, escreveu em diversas revistas especializadas no gênero sertanejo e produziu vários discos. O compositor teve diversos parceiros, entre os quais Goiá, com quem compôs "Pé de cedro", que recebeu muitas gravações. Diversos artistas gravaram composições suas. Em sua obra destacam-se as guarânias e os rasqueados da fronteira mato-grossense e paraguaia. Em 1985, regressou à sua cidade natal e passou a dedicar-se à política.

Obra: Copo na mesa (com Goiá) . Desventura (com Zé do Rancho) . Índia soberana (com Goiá) . Feitiço espanhol (com Goiá) . Flor mato-grossense . Luar de Aquidauana (com Anacleto Rosas Jr.) . O Cantar da Siriema (com Nízio) . O que passou (com Pechincha) . Pé de cedro (com Goiá). - Com informações do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

**Pé de Cedro (Zacarias Mourão)
Foi no belo Mato Grosso, há 20 anos atrás.
Naquele tempo querido que não volta nunca mais.
Nas matas onde eu caçava, um pequeno arbusto achei.
Levando para minha casa, no meu quintal o plantei.
Era belo o pé de cedro, pequenino, em formação.
Sepultei suas raízes na terra fofa do chão.
Um dia parti para longe, amei, também sofri.
Vinte anos se passaram em que distante eu vivi.
Hoje volto arrependido para o meu antigo lar,
Abatido e comovido, com vontade de chorar.
Venha ver meu pé de cedro, que está grande como o quê
Mas é menor que a saudade que hoje eu sinto de você
Cresceu como a minha mágoa, cresceu numa força rara.
Mas é menor que a saudade que até hoje nos separa.
A terra ficou molhada do pranto que eu derramei.
Que saudade pé de cedro, do tempo em que plantei.

Biografia

Nascido em Mato Grosso do Sul, desde os doze anos já tocava viola e gostava do mato e sons da natureza; Aos vinte anos mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito, mas desistiu da carreira de advogado, tornando-se um músico, motivado inicialmente por escutar no Largo do Machado uma dupla tocando viola caipira . Então dedicou-se ao seu estudo, tendo Tião Carreiro como mestre. Retornou à Campo Grande onde formou a dupla Lupe e Lampião com um amigo, adotando Lupe como nome artístico. Em 1979 foi para São Paulo, onde iniciou um trabalho com sua conterrânea Tetê Espíndola, acompanhando também a cantora Diana Pequeno.[1] Gravou seu primeiro disco em 1980, contando com a participação de Tetê EspíndolaAlzira Espíndola e Paulo Simões. Fez parte da geração Prata da Casa, no início dos anos 80, sendo uma das principais atrações do movimento que juntou os maiores expoentes da música sul-mato-grossense. Seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo e sua música é descrita como folk ,agrega uma sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas,o folk norte-americano e com influências das culturas fronteiriças do seu estado,como a música paraguaia e andina;e o resultado é único,ao mesmo tempo reflete traços populares e eruditos,despertando atenção de públicos diversos.

Conhecidos como "O Casal de Onças de Mato Grosso" em 1959, gravaram os rasqueados "Malvada" e "Cidades irmãs", ambos de autoria da dupla.
Em 1960 gravaram, também de autoria da dupla, o rasqueado "Prenda querida" e a guarânia "Meu cigarro". Gravaram também no mesmo ano, entre outras composições, o rasqueado "Querendo você", em parceria com Biguá, radialista e compositor.
A dupla estava empenhada em gravar ritmos considerados de raiz, como o rasqueado e a cava-verde, entre outros. Ainda em 1961 gravaram, de autoria da dupla, a cana-verde "Louvor a São João" e o arrasta-pé "Triste verdade". Em 1962 gravaram, também de autoria da dupla, os rasqueados "Coisinha querida", "Goianinha" e "Estrela do luar".
Em 1963 gravaram, entre outras composições, o maxixe "Mundo de ilusão" e a cana-verde "Triste adeus", ambas de autoria da dupla. Em 1964, também de autoria da dupla, gravaram o rasqueado "Lembrando Mato Grosso" e o maxixe "Esperança perdida".