terça-feira, 9 de agosto de 2011

Evandro Prado Martins nasceu na Cidade de Santa Cruz do Sul, interior do Rio Grande do Sul, no dia 11 de agosto de 1970. Começou ainda criança a demonstrar uma grande vocação para a música, quando, aos 8 anos, teve pela primeira vez um violão a sua frente.

Dois anos depois, entrou em um curso de violão oferecido pelo colégio São Luís, onde estudava. Vieram então os festivais de música, e aos 11 anos, ganhou o primeiro lugar como intérprete, cantando “Milonga”, do compositor nativista Pedro Ortaça. Isso o motivou cada vez mais a continuar estudando, até que, aos 14 anos, montou uma banda de rock com mais três colegas. Era a Banda Viúva Negra. Evandro era o vocalista e guitarrista-solo. Com a sua banda de rock, fizeram muitos shows pelo interior do Estado. Por dois anos consecutivos, ganhou o primeiro lugar no Festival Sul Encanto, promovido pela RBS TV (Afiliada Rede Globo ).

Após 5 anos com a banda, partiu para uma carreira solo. Estudou piano, teclado e canto lírico, além do violão e guitarra que já eram seus instrumentos principais. Como intérprete e compositor, aprimorou o seu repertório cantando em 5 idiomas os maiores clássicos da música mundial, interpretando canções que ficaram famosas nas vozes dos Tenores Plácido Domingo, Luciano Pavarotti, José Carreras, Andrea Bocelli, até sucessos populares de Elvis Presley, The Beatles, U2, Bee Gees, Frank Sinatra, entre outros.

Apresentando-se em Eventos importantes por todo o Estado do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, o Tenor e Multinstrumentista Evandro Martins participou também de Concertos de Natal, como o Natal Luz de Gramado, Sonho de Natal de Canela, e Christkindfest de Santa Cruz do Sul.

Seu novo trabalho, o CD Sintonia, incluindo as canções “Náufragos da noite”, “Tão pequeno”, “Sintonia” e “Perdidos por aí”. Foram gravadas recentemente em São Paulo, nos estúdios de Nei Marques, tendo como base instrumental músicos da banda do cantor sertanejo Leonardo. Os arranjos e produção de Elias Almeida, guitarrista e violonista da banda que grava também para Zezé di Camargo e Luciano, Daniel, Vanessa Camargo, Fábio Júnior, entre outros artistas consagrados. As demais canções foram gravadas em Porto Alegre e Gramado, com instrumentação do próprio Evandro. As músicas compõe-se de temas nativos, críticos, românticos e de amor à vida.
Humberto Augusto Miranda Espíndola (Campo Grande, 4 de abril de 1943) é um artista plástico brasileiro, criador e difusor do tema bovinocultura.
Bacharel em jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica do Paraná, Curitiba, em 1965, começa a pintar um ano antes. Também atua no meio teatral e literário universitário
Espíndola apresenta o tema Bovinocultura em 1967, no IV Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em Brasília. No mesmo ano é co-fundador da Associação Mato-Grossense de Arte, em Campo Grande, onde atua até 1972. Em 1973 participa do projeto e criação do Museu de Arte e Cultura Popular (que dirige até 1982) e colabora com o Museu Rondon, ambos da Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá. Em 1974 cria o mural externo, em pintura, granito e mármore, no Palácio Paiaguás, sede do governo estadual de Mato Grosso, e em 1983 é co-fundador do Centro de Cultura Referencial de Mato Grosso do Sul. Em 1979 colabora com o livro Artes Plásticas no Centro-Oeste, de Aline Figueiredo, que em 1980 ganha o Prêmio Gonzaga Duque, da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Em 1986 é nomeado primeiro secretário de cultura de Mato Grosso do Sul, permanecendo no cargo até 1990. Em 1996 cria o monumento à Cabeça de Boi, em ferro e aço, com 8 m de altura, na Praça Cuiabá, Campo Grande.
Humberto Espíndola realizou várias exposições, no Brasil e em outros países. Ganha vários prêmios, incluindo o prêmio de melhor do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte. Possui obras em museus como o Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo e a Pinacoteca do Estado de São Paulo.
                                                                                                                                           
Prêmios

 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011


Helena Meirelles (Bataguassu13 de agosto de 1924 — Presidente Epitacio, 28 de setembro de 2005) foi uma violeiracantora e compositorabrasileira, reconhecida mundialmente por seu talento como tocadora da denominada viola caipira (às vezes denominada simplesmente viola).
Sua música é reconhecida pelas pessoas nativas do Mato Grosso do Sul, como expressão das raízes e da cultura da região. Sua primeira apresentação profissional em um teatro foi quando tinha 67 anos, e gravou dois discos em seguida. Em 1993, foi eleita pela pela revista americanaGuitar Player (com voto de Eric Clapton), como uma das 100 melhores instrumentistas do mundo, por sua atuação nas violas de seis, oito, dez e doze cordas.
Quem escrever na busca do Overmundo o nome Paulo Simões vai encontrar dezenas de posts relacionados ao compositor de Mato Grosso do Sul. Em abril de 2006, uma entrevista com este carioca por acaso e sul-mato-grossense por opção foi postada pela jornalista Gisele Colombo. Mesmo assim, decidi postar a recente entrevista que fiz com “Paulinho” aqui no Overblog por acreditar que ele fala de coisas que podem gerar uma reflexão não só no leitor de MS, mas de todo o país.

Encontrei o Simões em seu apartamento, em uma bela manhã campo-grandense. Praticamente não falamos nos projetos que ele está tocando no momento. A idéia foi contar os primórdios da cultura de MS, explicar algumas histórias e refletir sobre o momento cultural do Estado.

Paulo Simões é autor de muitos hits sul-mato-grossenses. Um deles, Trem do Pantanal, já virou hino não oficial do MS. Outros, como Sonhos Guaranis, são verdadeiras aulas de História. Jornalista formado – na Puc/RJ – chega aos 55 anos com apenas quatro discos lançados, mas a sua obra é extensa. 



TIÓ E A ÁRVORE - VIDA E OBRA DE ZACARIAS MOURÃO

‘Foi no belo Mato Grosso, há 20 anos atrás.
Naquele tempo querido que não volta nunca mais.
Nas matas onde eu caçava, um pequeno arbusto achei.
Levando para minha casa, no meu quintal o plantei.
Era belo o pé de cedro, pequenino, em formação’.**

Pé de Cedro foi a música que consagrou o produtor e compositor de Coxim (MS) Zacarias dos Santos Mourão, morto em 1989, em circunstâncias até hoje misteriosas. Na canção, uma história que envolve amor e saudade, o compositor traça um paralelo entre o pé de cedro e a amada. Até hoje, a árvore que o inspirou, está plantada do Museu Municipal de Coxim.

Em 1945, moravam no local (museu) os padres franciscanos, para os quais Mourão trabalhava – ele levava os cavalos dos padres para beber água. Certa vez, ele voltou com os cavalos e o pé de cedro, que hoje tem aproximadamente 67 anos. É em homenagem a esse compositor do mundo sertanejo, o documentário Tió e a Árvore - vida e obra de Zacarias Mourão, produzido pelos jornalistas Conrado Coel, Ângela Kempfer, o produtor Rodolfo Ikeda e o cinegrafista Lyo Nakamura. O nome é uma referência à forma como os amigos o apelidaram na infância, com o nome de um pássaro típico da região.

Através de intérpretes de sua música, como Sérgio Reis, Milionário e Zé Rico, Tinoco e Amambai e Amambaí, o filme desenha o processo musical que esteve presente na vida de Mourão até sua morte.
Conforme o diretor Conrado Coel, o objeto do vídeo é mostrar a herança cultural deixada pelo compositor. “Através dos artistas que tiveram contato com ele, o vídeo mostra a realidade da cidade que recebeu sua herança cultural”, conta. “Uma cultura formada em pleno sertão do então Mato Grosso que conseguiu transcender sua própria expectativa de vida”, conta.

Mourão teve programas no rádio e na televisão, escreveu em diversas revistas especializadas no gênero sertanejo e produziu vários discos. O compositor teve diversos parceiros, entre os quais Goiá, com quem compôs "Pé de cedro", que recebeu muitas gravações. Diversos artistas gravaram composições suas. Em sua obra destacam-se as guarânias e os rasqueados da fronteira mato-grossense e paraguaia. Em 1985, regressou à sua cidade natal e passou a dedicar-se à política.

Obra: Copo na mesa (com Goiá) . Desventura (com Zé do Rancho) . Índia soberana (com Goiá) . Feitiço espanhol (com Goiá) . Flor mato-grossense . Luar de Aquidauana (com Anacleto Rosas Jr.) . O Cantar da Siriema (com Nízio) . O que passou (com Pechincha) . Pé de cedro (com Goiá). - Com informações do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

**Pé de Cedro (Zacarias Mourão)
Foi no belo Mato Grosso, há 20 anos atrás.
Naquele tempo querido que não volta nunca mais.
Nas matas onde eu caçava, um pequeno arbusto achei.
Levando para minha casa, no meu quintal o plantei.
Era belo o pé de cedro, pequenino, em formação.
Sepultei suas raízes na terra fofa do chão.
Um dia parti para longe, amei, também sofri.
Vinte anos se passaram em que distante eu vivi.
Hoje volto arrependido para o meu antigo lar,
Abatido e comovido, com vontade de chorar.
Venha ver meu pé de cedro, que está grande como o quê
Mas é menor que a saudade que hoje eu sinto de você
Cresceu como a minha mágoa, cresceu numa força rara.
Mas é menor que a saudade que até hoje nos separa.
A terra ficou molhada do pranto que eu derramei.
Que saudade pé de cedro, do tempo em que plantei.

Biografia

Nascido em Mato Grosso do Sul, desde os doze anos já tocava viola e gostava do mato e sons da natureza; Aos vinte anos mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito, mas desistiu da carreira de advogado, tornando-se um músico, motivado inicialmente por escutar no Largo do Machado uma dupla tocando viola caipira . Então dedicou-se ao seu estudo, tendo Tião Carreiro como mestre. Retornou à Campo Grande onde formou a dupla Lupe e Lampião com um amigo, adotando Lupe como nome artístico. Em 1979 foi para São Paulo, onde iniciou um trabalho com sua conterrânea Tetê Espíndola, acompanhando também a cantora Diana Pequeno.[1] Gravou seu primeiro disco em 1980, contando com a participação de Tetê EspíndolaAlzira Espíndola e Paulo Simões. Fez parte da geração Prata da Casa, no início dos anos 80, sendo uma das principais atrações do movimento que juntou os maiores expoentes da música sul-mato-grossense. Seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo e sua música é descrita como folk ,agrega uma sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas,o folk norte-americano e com influências das culturas fronteiriças do seu estado,como a música paraguaia e andina;e o resultado é único,ao mesmo tempo reflete traços populares e eruditos,despertando atenção de públicos diversos.

Conhecidos como "O Casal de Onças de Mato Grosso" em 1959, gravaram os rasqueados "Malvada" e "Cidades irmãs", ambos de autoria da dupla.
Em 1960 gravaram, também de autoria da dupla, o rasqueado "Prenda querida" e a guarânia "Meu cigarro". Gravaram também no mesmo ano, entre outras composições, o rasqueado "Querendo você", em parceria com Biguá, radialista e compositor.
A dupla estava empenhada em gravar ritmos considerados de raiz, como o rasqueado e a cava-verde, entre outros. Ainda em 1961 gravaram, de autoria da dupla, a cana-verde "Louvor a São João" e o arrasta-pé "Triste verdade". Em 1962 gravaram, também de autoria da dupla, os rasqueados "Coisinha querida", "Goianinha" e "Estrela do luar".
Em 1963 gravaram, entre outras composições, o maxixe "Mundo de ilusão" e a cana-verde "Triste adeus", ambas de autoria da dupla. Em 1964, também de autoria da dupla, gravaram o rasqueado "Lembrando Mato Grosso" e o maxixe "Esperança perdida".

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sebastião Ribeiro Salgado (Aimorés8 de fevereiro de 1944) é um fotógrafo brasileiro reconhecido mundialmente por seu estilo único de fotografar. Nascido em Minas Gerais, é um dos mais respeitados fotojornalistas da atualidade. Nomeado como representante especial do UNICEF em 3 de abril de 2001, dedicou-se a fazer crônicas sobre a vida das pessoas excluídas, trabalho que resultou na publicação de dez livros e realização de várias exposições, tendo recebido vários prêmios e homenagens na Europa e no continente americano. "Espero que a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair" diz Sebastião Salgado. "Acredito que uma pessoa comum pode ajudar muito, não apenas doando bens materiais, mas participando, sendo parte das trocas de ideias, estando realmente preocupada sobre o que está acontecendo no mundo".
BIOGRAFIA:

Formado em economia pela Universidade de São Paulo, trabalhou na Organização Internacional do Café em 1973, e trocou a economia pela fotografia após viajar para a África levando emprestada a câmera fotográfica de sua mulher, Lélia Wanick Salgado. Seu primeiro livro, Outras Américas, sobre os pobres naAmérica Latina, foi publicado em 1986. Na sequencia, publicou Sahel: O Homem em Pânico (também publicado em 1986), resultado de uma longa colaboração de quinze meses com a ONG Médicos sem Fronteiras cobrindo a seca no Norte da África. Entre 1986 e 1992, ele concentrou-se na documentação do trabalho manual em todo o mundo, publicada e exibida sob o nome Trabalhadores rurais, um feito monumental que confirmou sua reputação como fotodocumentarista de primeira linha. De 1993 a 1999, ele voltou sua atenção para o fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, que resultou em Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo, publicados em 2000 e aclamados internacionalmente.
Na introdução de Êxodos, escreveu: "Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas…" Trabalhando inteiramente com fotos em preto e branco, o respeito de Sebastião Salgado pelo seu objeto de trabalho e sua determinação em mostrar o significado mais amplo do que está acontecendo com essas pessoas criou um conjunto de imagens que testemunham a dignidade fundamental de toda a humanidade ao mesmo tempo que protestam contra a violação dessa dignidade por meio da guerra,pobreza e outras injustiças.
Ao longo dos anos, Sebastião Salgado tem contribuído generosamente com organizações humanitárias incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Anistia Internacional.Com sua mulher, Lélia Wanick Salgado, apoia atualmente um projeto de reflorestamento e revitalização comunitária em Minas Gerais. Em setembro de 2000, com o apoio das Nações Unidas e do UNICEF, Sebastião Salgado montou uma exposição no Escritório das Nações Unidas em Nova Iorque, com 90 retratos de crianças desalojadas extraídos de sua obra Retratos de Crianças do Êxodo. Essas impressionantes fotografias prestam solene testemunho a 30 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas crianças e mulheres sem residência fixa. Em outras colaborações com o UNICEF, Sebastião Salgado doou os direitos de reprodução de várias fotografias suas para o Movimento Global pela Criança e para ilustrar um livro da moçambicana Graça Machel, atualizando um relatório dela de 1996, como Representante Especial das Nações Unidas sobre o Impacto dos Conflitos Armados sobre as Crianças. Atualmente, em um projeto conjunto do UNICEF e da OMS, ele está documentando uma campanha mundial para a erradicação da poliomielite.
Sebastião Salgado foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, "As Imagens da Amazônia" , que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia Wanick Salgado vivem atualmente em Paris, autora do projeto gráfico da maioria de seus livros. O casal tem dois filhos.
PERMIOS:
Prêmio Príncipe de Asturias das Artes, 1998.
  • Prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária.
  • Prêmio World Press Photo
  • The Maine Photographic Workshop ao melhor livro foto-documental.
  • Eleito membro honorário da Academia Americana de Artes e Ciência' nos Estados Unidos.
  • Prêmio pela publicação do livro Trabalhadores.
  • Medalha da Inconfidência.
  • Medalha de prata Art Directors Oub nos Estados Unidos.
  • Prêmio Overseas Press Oub oí America.
  • Alfred Eisenstaedt Award pela Magazine Photography.
  • Prêmio Unesco categoria cultural no Brasil.

OBRAS:

Diretor, roteirista e produtor, Walter Salles foi um dos cineastas brasileiros responsáveis pela retomada do cinema nacional. Conseguiu também projeção internacional após receber duas indicações ao Oscar por seu filme "Central do Brasil", em 1998.

Walter Salles cursou Economia na Pontifícia Universidade Católica, no Rio de Janeiro. Em seguida mudou-se para os Estados Unidos, onde fez mestrado em Comunicação Audiovisual na Universidade da Califórnia.

Entre 1983 e 1993, no Brasil, realizou uma série de entrevistas para a televisão, além de especiais e documentários. Realizou também dois documentários sobre o escultor Franz Krajcberg.

Junto com o irmão, João Moreira Salles, fundou, em 1987 a produtora Videofilmes. Entre 1989 e 1991 esteve à frente da produção do filme "A Grande Arte", baseado no livro de Rubem Fonseca.

Em 1995, em co-direção com a cenógrafa Daniela Thomas, Walter Salles lançou "Terra Estrangeira", com boa aceitação da crítica e do público. O lançamento de "Central do Brasil", em 1998, ajudou a mudar a visão que o grande público tinha do cinema nacional. O filme se tornou um recordista de prêmios recebidos, e foi aplaudido nos festivais de Cannes, Berlim e Havana. No mesmo ano, o média-metragem "O Primeiro Dia", foi premiado no Brasil.

O trabalho seguinte de Walter Salles foi "Abril Despedaçado", baseado no livro homônimo do escritor albanês Ismail Kadaré. Em 2002 Walter Salles produziu "Cidade de Deus", filme dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, e "Madame Satã", de Karim Ainouz. Em 2003 dirigiu o filme "Diários de Motocicleta", baseado no livro de viagens de Che Guevara.

Em 2005, Salles fez sua estréia hollywoodiana com "Água Negra", refilmagem de título homônimo do japonês de Hideo Nakata (o mesmo de "O Chamado"). No mesmo ano, com co-direção de Daniela Thomas, realizou o episódio "20ème Arrondissement", que faz parte do filme "Paris, je t'aime".

segunda-feira, 27 de junho de 2011



O artista plástico Aldemir Martins nasceu em Ingazeiras, no Vale do Cariri, Ceará em 8 de novembro de 1922. A sua vasta obra, importantíssima para o panorama das artes plásticas no Brasil, pela qualidade técnica e por interpretar o “ser” brasileiro, carrega a marca da paisagem e do homem do nordeste.

O talento do artista se mostrou desde os tempos de colégio, em que foi escolhido como orientador artístico da classe. Aldemir Martins serviu ao exército de 1941 a 1945, sempre desenvolvendo sua obra nas horas livres. Chegou até mesmo à curiosa patente de Cabo Pintor. Nesse tempo, freqüentou e estimulou o meio artístico no Ceará, chegando a participar da criação do Grupo ARTYS e da SCAP – Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, junto com outros pintores, como Mário Barata, Antonio Bandeira e João Siqueira.

Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1946, para São Paulo. De espírito inquieto, o gosto pela experiência de viajar e conhecer outras paragens é marca do pintor, apaixonado que é pelo interior do Brasil. Em 1960/61, Aldemir Martins morou em Roma, para logo retornar ao Brasil definitivamente.

O artista participou de diversas exposições, no país e no exterior, revelando produção artística intensa e fecunda. Sua técnica passeia por várias formas de expressão, compreendendo a pintura, gravura, desenho, cerâmica e escultura em diferentes suportes. Aldemir Martins não recusa a inovação e não limita sua obra, surpreendendo pela constante experimentação: o artista trabalhou com os mais diferentes tipos de superfície, de pequenas madeiras para caixas de charuto, papéis de carta, cartões, telas de linho, de juta e tecidos variados - algumas vezes sem preparação da base de tela - até fôrmas de pizza, sem contudo perder o forte registro que faz reconhecer a sua obra ao primeiro contato do olhar.

Seus traços fortes e tons vibrantes imprimem vitalidade e força tais à sua produção que a fazem inconfundível e, mais do que isso, significativa para um povo que se percebe em suas pinturas e desenhos, sempre de forma a reelaborar suas representações. Aldemir Martins pode ser definido como um artista brasileiro por excelência. A natureza e a gente do Brasil são seus temas mais presentes, pintados e compreendidos através da intuição e da memória afetiva. Nos desenhos de cangaceiros, nos seus peixes, galos, cavalos, nas paisagens, frutas e até na sua série de gatos, transparece uma brasilidade sem culpa que extrapola o eixo temático e alcança as cores, as luzes, os traços e telas de uma cultura.

Por isso mesmo, Aldemir é sem dúvida um dos artistas mais conhecidos e mais próximos do seu povo, transitando entre o meio artístico e o leigo e quebrando barreiras que não podem mesmo limitar um artista que é a própria expressão de uma coletividade.



Falece em 05 de Fevereiro de 2006, aos 83 anos, no Hospital São Luís em São Paulo.



UMA BREVE CRONOLOGIA

1922 – Nasce em Ingazeiras, sertão do Cariri, Ceará , em 08 de novembro.

1942 – Funda o Grupo Artys e SCAP (Sociedade Cearense de Artistas Plásticos) com Mário Barata, Barbosa Leite, Antonio Bandeira.

1943 – Salão de Abril – III Salão de Pintura do Ceará.

1945 – Muda-se para o Rio de Janeiro. Exposição coletiva na Galeria Askanasi – RJ

1946 – Muda-se para São Paulo.

1947 – Exposição Coletiva 19 pintores – 3o. prêmio

1948 – Exposição na Galeria Domus, São Paulo, com Mário Gruber e Enrico Camerini.

1951 – Prêmio de desenho na Bienal de São Paulo, com “O Cangaceiro”.

1953 – Pintores Brasileiros, Tóquio, Japão.

1954 – Gravuras Brasileira, Genebra, Suíça.

1955 – Bienal Internacional de Desenho e Gravura de Lugano, Suíça.- V Salão Baiano de Artes Plásticas, Salvador, Bahia.

1956 – Medalha de Ouro no V Salão Nacional de Arte Moderna no Rio de Janeiro - XXVIII Bienal de Veneza, Itália – Prêmio “Presidente Dei Consigli dei Ministeri”, atribuído ao melhor desenhista internacional.

1957 – Exposição de gravuras no “Circolo dei Principi”, Roma, Itália, com Lívio Abramo.

- VI Salão de Arte Moderna, Rio de Janeiro.

1958 – Festival Internacional de Arte, Festival Galleries, Nova Iorque, Estados Unidos.

- VIII Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro.

1959 – Prêmio de viagem ao Exterior do VIII Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro.


- Exposição individual no Museu de Arte Moderna da Bahia.


1960 – Exposição coletiva Artistas Brasileiros e Americanos, Museu de Arte de São Paulo.


1961 – Exposição de desenhos e litografias na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, Portugal.


1962 – Exposição individual na Sala Nebili, Madri, Espanha.


- Exposição coletiva “Brasilianische Kunstler der Gegenwart”, Kassel, Alemanha.


1965 – Exposição individual no Instituto de Arte Contemporânea, Lima, Peru.


1968 – Primeiro prêmio por grafia na Bienal Internacional de Veneza de 1946 a 1966.


1970 – Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura 70, Museu de Arte Moderna de São Paulo.


1975 - XIII Bienal de São Paulo – Sala Brasileira.


1978 - Retrospectiva 19 pintores, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.


1980 – Exposição circulante, coletiva, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.


- Coletiva 48 artistas, na Pinacoteca do Estado, São Paulo.


1981 – Exposição de pinturas, desenhos e esculturas no Museu de Arte da Bahia.


1982 – Internacional Arte Expo, Estocolmo, Suécia.


1984 – Coletiva – A Cor e o Desenho no Brasil, Museu de Arte Moderna de São Paulo.


- Individual de pintura, desenho e gravura – Arte Amazônica, Nova Iorque, Estados Unidos.


- Tradição e Ruptura – Fundação Bienal de São Paulo.


1985 – Lançamento do livro “Aldemir Martins, Linha, Cor e Forma”.


1988 – Comemoração de 30 anos da SCAP – Sociedade Cearense de Artistas Plásticos - Fortaleza, Ceará.

- Os Muros de Maison Vogue, MASP – Museu de Arte de São Paulo

1989 – O Nordeste de Aldemir Martins, Espace Latin-American, Paris, França.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Animação: Banda Expressão Nativa, Marlon MacielVenha prestigiar a 7ª Festa Junina Integrada das Escola Municipais de Nova Alvorada do Sul no dia 10 e 11 de junho 2011 a partir das 19h na Escola Leonor.

Animação: Banda Expressão Nativa, Marlon Maciel e Grupo, Banda Laço de Ouro e Grupo Roda de Tereré

Realização: 
Escola Municipal Leonor de Souza Araújo - Polo
Escola Municipal Adenilsado Araújo de Rezende
Escola Municipal Ires Brunetto
CEMEI - Centro Municipal de Educação Infantil
Secretária Municipal de Educação
Prefeitura Municipal e Grupo, Banda Laço de Ouro e Grupo Roda de Tereré

Realização: 
Escola Municipal Leonor de Souza Araújo - Polo
Escola Municipal Adenilsado Araújo de Rezende
Escola Municipal Ires Brunetto
CEMEI - Centro Municipal de Educação Infantil
Secretária Municipal de Educação
Prefeitura MunicipalVenha prestigiar a 7ª Festa Junina Integrada das Escola Municipais de Nova Alvorada do Sul no dia 10 e 11 de junho 2011 a partir das 19h na Escola Leonor.

Animação: Banda Expressão Nativa, Marlon Maciel e Grupo, Banda Laço de Ouro e Grupo Roda de Tereré

Realização: 
Escola Municipal Leonor de Souza Araújo - Polo
Escola Municipal Adenilsado Araújo de Rezende
Escola Municipal Ires Brunetto
CEMEI - Centro Municipal de Educação Infantil
Secretária Municipal de Educação
Prefeitura Municipal  
Te Espero lá!!!!!